sábado, 21 de abril de 2007

MEU MÉTODO PARA LAVAGEM DE VINIS E AGULHAS DE TOCA-DISCOS.


MEU MÉTODO PARA LAVAGEM DE VINIS E AGULHAS DE TOCA-DISCOS: PASSO A PASSO.

Importante: Em relação a postagens (Posts), este blog comporta-se como um livro que está sempre sendo atualizado, se necessário, assim que sei de algo novo. Portanto, não é um blog tradicional, usado como a maioria para relatar fatos novos, onde a data da postagem é importante. O formato blog foi apenas um meio usado como um livro virtual.

Preliminarmente - Meu método é uma sugestão. Você pode confirir em outros sites outros métodos antes de usar o meu. Sua escolha pelo meu método segue por sua pessoal responsabilidade. Veja também o vídeo no You Tube: https://www.youtube.com/watch?v=3alV8k7RcY8&feature=youtu.be

VINIS USADOS: MUITOS, EM EXCELENTES CONDIÇÕES: Onde comprar: Visite meu blog http://joaquimcutrimblogs.blogspot.com e procure por VINILNORIO E VINILSP.

Iniciando o meu método

Preliminarmente: Ao retirar um vinil de sua estante, após algum tempo sem uso, algo como um a três meses, prefira lavá-lo antes de escutá-lo. Obterá 100% (Cem por cento) de sua qualidade. Porquê? Porque dependendo como um vinil foi exposto ao ar ambiente, ele poderá voltar a contaminar-se mais depressa e assim sujar os sulcos, pela volta dos ácaros e fungos. E aí você não terá "cem por cento" de sua qualidade. Prefira sempre lavar qualquer vinil guardado há algum tempo não escutado do que não lavá-lo. Não há mal nenhum nisso e você só ganhará com uma bela audição. Contudo, já escutei vinis parados havia mais de 6 (Seis) meses, e, quando os escutei, o som estava límpido, bem claro. Essa questão da volta dos ácaros e fungos ao vinil depende do grau de contaminação de vinil para vinil; pois o "ambiente" capa + como o vinil foi manuseado é uma situação individual para cada vinil. Em suma: Cada vinil - Uma contaminação diferente. Mas para ter-se a certeza da audição, a recomendação será sempre a de re-lavar vinis há algum tempo parados.

EM SÍNTESE, COMO EU LAVO

Ponha o vinil debaixo da água da torneira da pia de sua cozinha, água corrente, muito corrente, abundante, passando por cima da superfície do vinil. Se você não tiver tapa selo, cuidado para não molhar muito o selo. Passe a água e vá girando o vinil e depois faça a mesma coisa no lado B. Passe o algodão embebido em água com detergente como indico aqui no blog. Depois retire com a mesma água de torneira lavando bastante até você tocá-lo com os dedos junto à água corrente e verificar que seus dedos estão travando, ou seja, que o detergente já saiu todo da superfície! Obs.: Fiz essa síntese para ajudar os que tem pressa em iniciar logo a lavagem. Mas é bom ler este blog todo para tornar-se um "expert" em limpeza de vinis, via lavagem e limpeza das capas dos discos de vinil.

LIMPEZA RADICAL: Essa limpeza só deve ser feita em último caso. Se depois de realizar várias limpezas, seu disco de vinil, cheio de arranhões fininhos ou mesmo com aparência de espelho, continuar a fazer "cracks", aquele barulho insuportável de palha seca, como se a música tivesse como ruído de fundo alguém aldando sebre palha seca, folhas secas ou mesmo como chamam, o som alto de batata fritando, PARTA PARA A LIMPEZA RADICAL, já que nada tem a perder: Tape os selos com o tapa-selos e ponha no copo de 200ml a medida de 1 dedo de sabão líquido ou em em pó, OMO ou de qualidade similar, encha-o d'agua e ponha um chumaço de algodão para usar na limpeza. Pegue o disco de vinil, molhe debaixo da água da torneira, como faz-se com a limpeza normal aqui descrita, mergulhe o algodão na mistura de sabão OMO e 200 ml d'agua e faça a limpeza com essa mistura, deixando bastante sabão em cima do vinil, dos dois lados, por 20 minutos a 30 minutos. Depois retire com água abundante lavando debaixo da torneira, por bastante tempo, percebendo a saída de todo o sabão, com os dedos, até quando estes não escorregarem mais sobre o vinil, sinal que o sabão em pó saiu todo. Ponha o vinil para secar ao ar livre, como já ensinado no método aqui, e, uma vez seco, ponha para escutar. Importante: Já fiz isso em um vinil meus, aparentemente imprestável para a escuta e o resultado foi uma melhora de 90% no vinil como um todo! A diferença do detergente Ypê para o sabão omo é a ação da enzima. Contudo, só faça isto em vinis cujo chiado estiver insistente depois de várias limpezas sem sucesso. Tanto o detergente de cozinha, quanto o sabão em pó tem Alquil Benzeno Sulfonato de Sódio como componente principal não havendo nada que diferencie radicalmente um produto do outro. Esta "Limpeza Radical" é para ser feita somente uma vez, na "vida" do vinil. O sabão líquido é mais recomendado, por penetrar melhor no vinil.

VELUDO SINTÉTICO - NÃO RECOMENDO

Não recomendo veludo sintético para lavagem de LP's porque as suas cerdas podem danificar as frágeis cristas de alta-freqüência, principalmente em LP's mais antigos. A cerdas do veludo se comportam como uma vassoura e sulco não é p'ra ser varrido! O ressecamento do fino PVC de que elas são compostas se dá pela ação dos raios UVA e UVB naturais do ambiente e um atrito repetitivo com esse material mais agressivo pode simplesmente eliminá-las. O uso do algodão hidrófilo é o mais indicado, pois, além de esterelizado por ser de uso medicinal, no seu uso, quem irá retirar a sujeira dos sulcos do LP é o amolecimento provocado pelo agente tensoativo do detergente acrescido da água apenas "empurrada" pelo algodão, cujas fibras não tocam as agressivamente as referidas cristas. E detalhe importante: Como as fibras do algodão hidrófilo são longas, elas não ficam no LP depois da lavagem. Mas voltando ao assunto, limpar com algodão é seguríssimo, pois é uma limpeza mais química do que física. Já o veludo, com dito acima, acho perigoso, já que este se comporta como uma "vassoura" de sulcos. Sua capacidade de eliminar suas sujeiras é, no mínimo, discutível. O veludo faz uma limpeza físico-química, porém mais física do que química (Que é incorreto!), onde o contato físico acredito ser temerário. A limpeza de um LP deve ser levemente física e profundamente química, com a ação de tesoativos com "builder", que torna a água da torneira alcalina e desengordurantes, além do efeito "carreador p'ra fora" feito pela água corrente da sujeira que se descola no momento da lavagem. O ideal é que seja usado para a lavagem o detergente neutro, mas os acrescidos de essência podem ser usados, sem nenhum problema, como os de maçã, limão e outros. Quem quiser contestar este método, escreva para
-->joaquim777@gmail.com, pois há críticos que não buscam esclarecimentos sobre o que estão não estão entendendo, o que é lamentável, pois tenho absoluta certeza, pelo meu conhecimento e pesquisa séria, junto a acessoria de diversos químicos, que este método é seguro e barato, não descartando outros científicos também.
Jamais use lubrificantes como shampoo ou óleos

O microssulco do vinil precisa de um contato seco e a quente com a agulha, e isto em engenharia de áudio de chama fusão e a finalidade é a fidelidade, o toque íntimo molecular e a evitação do efeito "bridging" e efeito cinzel, desbastameto do sulco. Além disso, faz com que a agulha deslize tanto, flutuando sobre as cristas e não percorrendo o caminho por elas desenhado, fazendo um ponto-a-ponto reto que se chama ponte, em inglês, bridge. E por favor: Jamais "rode" um vinil molhado! Nunca ponha para tocar um vinil molhado: Você simplesmente estará desbastando as ondulações do sulco (Efeito cinzel).

Observação importante

O fluído que vem das prensas nos Vinis "zero km", comprados neste século, especialmente os lacrados (Sealed Vinyl) devem ser retirados com o método acima descrito de lavagem, pois eles só servem para a otimização na confecção dos sulcos na prensa, de modo a não "grudar" os sulcos "positivos" da "mother positive" nas cristas finíssimas de alta-freqüência.

Triton-X100

Não tenho nada contra o uso de Triton-X100 para lavagem (E nunca para só passar em cima!) de vinis. É caro demais e o conteúdo é pouco. Pequeno e caro, não será útil para quem tem uma grande quantidade de vinis para lavar, por exemplo; uns 50 vinis. Fora isso, não há problemas no seu uso, pois é ultra-confiável, é um detergente super-não-agressivo, inclusive feito para limpar lentes de contato. Ou seja, não há problema algum em substituir o detergente Ypê pelo Triton-X 100 neste meu método. Mas repito, use-o para lavagem e não para passar em cima do vinil, o que não é correto.

EFEITO ÁGUA CORRENTE

Mas porquê não recomendo a simples limpeza sem água corrente? Primeiro porque LP's ou vinis devem ser sempre lavados, nunca apenas "limpos" sem água corrente (Apenas com enxágue), pois a dita e propalada limpeza com líquidos industriais diversos não limpa! Segundo, porque a "limpeza" só vai ocorrer de verdade com a lavagem, pois o processo do carreamento da sujeira pela água á fundamental. O Vinil só ficará pefeitamente limpo com água corrente de torneira (Pode ser da pia de sua cozinha ou tanque, que não deixam resíduo algum ao secar, lógico, se a água da concessionária de sua cidade for boa. Se não for, faça um pequeno reservatório de água destilada ligada a uma torneira), nunca com o simples espalhar de um líquido, seja ele qual for e seja qual for o espalhador - se veludo (Que também não recomendo) ou outro. Com Triton-X100 ou qualquer outro detergente, sem água corrente, você não empurra p'ra fora toda a sujeira descolada com o detergente tensoativo (surfactante) e desegordurante, duas de suas essenciais qualidades. Repito: Só a água corrente, depois de usado o detergente, é capaz de retirar, eliminar toda e qualquer sujeira que ficou em cima do vinil. E o processo pode e deve ser repetido caso os ruídos continuem havendo uma visão de um vinil "espelhado". Então que fique claro: Líquidos vendidos no mercado, só são espalhadores de sujeira! Retiram-na de um lugar e põe em outro. Mesmo com a secagem (também totalmente não recomendada) feita com flanelas, panos ou outros métodos. No vinil há registros delicados cuja sujeira só saem com detergente tensoativo e desengordurante. Tensoativo significa fazer subir, descolar a sujeira, propriedade que a maioria dos métodos não tem, como inclusive os que se utilizam de ácool isopropílico. Resumindo: "Limpeza" de um Vinil-LP, só com a LAVAGEM, e em água corrente, seja ela destilada ou da Rua, se sua Concessionária de Águas for boa, confiável. Detalhe: Para uma água deixar resíduo, ele deve ser proveniente de uma concessionária muito ruim. Se a da sua cidade for assim, crie uma caixa d'água para armazenar água destilada, por degelo de geladeira, que é a forma mais segura.

Obs: Após lavar um lado do LP, enxagüe muito bem o chumaço de algodão debaixo da água corrente da torneira, pois sua estrutura, ao contrário do veludo, é ideal por facilitar a eliminação da sujeira que pode ter ficado nele armazenada em função da limpeza, pois ele é HIGRÓFILO, ou seja, naturalmente permeável pela água. Já no caso do veludo, a água não lhe consegue retirar toda a sujeira em face de sua típica estrutura de "rede", retentora de sujidades.

BACTÉRIAS, ÁCAROS E FUNGOS

Nunca use um chumaço de algodão antigo, feito em uma lavagem anterior. E se é adepto ao "veludo sintético" para a lavagem, descarte-o sempre a cada lavagem. Ambos agregarão bactérias e fungos que poderão sujar e infectar o novo disco de vinil. O meio ambiente ideal para a proliferação de fungos e bactérias é a umidade, sempre. Use sempre chumaços de algodão hidrófilos sempre novos para cada nova lavagem. Para ter bastante algodão para esse fim, o ideal é adquirir o pacote de 200g. Nota importante: Já ouvi dizerem que fungos podem ser retirados com álcool. Não faça isto; não é verdade. O fungo é o ser vivo mais resistente do mundo; o fungo pode sobreviver nas mais condições adversas, mesmo sem água, na secura total, ele permanece vivo com suas hifas (Suas raízes) e na primeira oportunidade em que houver água, a umidade, eles renascerão! E água é o que não falta em álcoois comuns. O isopropílico não tem água, é álcool puro, mas é extremamente ressecante e quebra as sutilezas das ondulações dos sulcos do vinil por eliminar o material plastificante que dá resistência a estes sulcos. Além do mais, a tinta do selo pode sensibilizar-se com o o uso álcool, manchando os créditos ou a arte. Não use álcool, jamais, de tipo algum. Só há uma exceção para o uso de álcool: Fezes de inseto (Baratinhas ou outro inseto) grudadas e ressecadas no sulco de um disco de vinil há anos parado. Aí o uso do álcool é pertinente, pois ele é um solvente orgânico, assim como as fezes os são. Mas imediatamente à retirada completa da feze de inseto ressecada, seque imediatamente o álcool sobre o vinil e aplique após a secagem por completo, uma lavagem como indico aqui para minimizar os efeitos ressecantes do álcool. A questão do fungo no disco de vinil e até no CD é complicada, pois uma vez fungado, fungado sempre! O que acontece no disco de vinil e que o põe em uma situação melhor que o CD é que o PVC, material do disco de vinil, é o único material de que é formado o registro do disco de vinil e o fungo não tem condições de destruir toda a extensão de um sulco. Formará apenas uma micro-cratera que será escutada como um "plic", um clique característico do disco de vinil. Agora com o CD é diferente: O fungo consegue atacar a camada refletiva de alumínio que é exremamente essencial para sua reprodução e dependendo da quantidade de crateras fúngicas, se mais estas produzirem mais de 200 BLER (Erros de bloco ou block errors ou "bad blocks"), o CD parará de funcionar. Isso jamais acontece com um disco de vinil por ele ser a "música escrita dentro de si" e não um banco de dados sensível. A presença, ainda não danosa de um fungo só será afastada com a ausência total de umidade e de forma constante se isto for possível para um colecionador.


Além disso, consultando um químico, álcoois não são desengordurantes, enquanto que o detergente o é por ser tensoativo (descola a sujeira) e é feito p'ra isso, p'ra desengordurar.

Reafirmo a lavagem debaixo de água corrente e muito corrente, abundante, passando por cima da superfície do vinil, até o momento em que você o toca com os dedos junto à água corrente e verifica que está "travando" seus dedos em relação à superfície do disco de vinil. Ou seja, que o detergente já saiu todo da superfície. Lavar sem água corrente e sem detegente diluído é você apenas estar trocando a sujeira de lugar, como se fazia com aquele kit de limpeza comprado nas lojas de discos onde vinha uma solução e uma esponja de veludo e esses líquidos caros que vendem por aí. A formula água+detergente+algodão hidrófilo que indico aqui é simples e preenche perfeitamente a necessidade de limpeza completa do disco de vinil e não apresenta absolutamente nenhum risco para seu componente, o PVC.

ÁGUA MORNA - NUNCA!

Jamais use água morna na lavagem de discos de vinil: O PVC tem uma "memória" sensível e empena fácil. Se usar água morna, você empenará definitivamente seu disco de vinil tornando-o imprestável para a reprodução.

SECAGEM, MESMO À SOMBRA, PERTO DO SOL, NUNCA!

Nem deixe-o secar à sombra em local exposto, pois o mormaço também pode provocar leves ondulações, por diferença de temperatura na superfície do vinil no momento da secagem. Deixe-o secar sempre dentro de casa.

ESTOCAGEM DOS DISCOS DE VINIL

Sempre na vertical, na sombra e em local arejado, protegido do calor e excessiva umidade (Acima de 60% de umidade relativa do ar). E em lotes de 10 a 10, de preferência. Recentemente fui consultado por um museu para uma lavagem de 4.000 vinis e dei explicações sobre o meu método.


RAZÃO DO USO DE DETERGENTE


INFORMAÇÃO TÉCNICA: A farmacêutica e diretora-executiva da Abipla (Associação Brasileira das Indústrias de Produtos de Limpeza e Afins), Maria Eugênia Proença Saldanha explica que os detergentes têm três grupos básicos de componentes. O primeiro é o dos tensoativos, responsáveis pela remoção da sujeira e pela formação da espuma. O segundo grupo é o chamado "builder", em que há fosfatos. Sua função é manter a água alcalina para o tensoativo poder agir. No terceiro grupo estão os ingredientes auxiliares, como cor, perfume e amaciantes, que podem ser evitados na compra de produtos neutros ou transparentes. Esses ingredientes não contribuem com a função de limpeza. (Somente os componentes do primeiro e segundo grupos são os limpantes).


INÍCIO DO MÉTODO


Use Tapa-Selos. Monte o seu ou procure neste blog: http://tapa-selos-joaquimcutrim.blogspot.com.br/
Ele é indispensável para a correta conservação de seus discos de vinil.






1. Dilua detergente Ypê neutro, de preferência, na proporção de 7 ml (uma tampinha de refrigerante) para 200 ml (Um copo d'agua), de torneira - aqueles de requeijão, por exemplo) para os mesmos 200 ml de água comum da sua torneira. Se quiser, repita a lavagem, mas enxágue o algodão com água limpa, para não levar sujeira novamente para a lavagem seguinte. Obs.: Uma seringa de 20 ml é útil para conferir as medidas de detergente e água. Não seque com nada! Nem com papel, guardanapo, toalha de papel, por experiência própria - elas deixam fibras que agulha recolhe e piora o som. Aí v. tem que fazer nova lavagem. E não espere até a agulha chegar ao fim: Sujou, pare! Tire o LP (Vinil) e lave-o. Deixe-o secar agora sem pressa. Ponha-o para tocar e observe o estado da agulha, se ela está "empurrando" sujeira, fiapos, fibras ou outra coisa qualquer. Ela tem que percorrer o lado inteiro isenta de algo na sua frente, limpa, única no sulco, sem mais nada nela aderido, só ela e o sulco.

CAPAS DOS LP'S

Os LP's ou vinis, quando não são comprados novos, como por exemplo, em sebos ou doados por algum amigo, costumam vir muito sujos. Se o problema for só esse, nada que uma boa limpeza do vinil como a descrita acima que não resolva. Em relação à capa, na parte da frente, plástica ou não, basta vários algodões úmidos com água para retirar a poeira que se assentou por anos. Mas se a questão dessa sujeira não é só poeira - mas proveniente de contaminação por fungos, nem adianta usar naftalina, vinagre ou água sanitária diluída com água em proporção 1/1: Só há um jeito: Plastificar a capa, frente e verso com papel contact cristal adesivo ou pagar uma plastificadora profissional para isso. Ou adquirir máquina plastificadora que usa plástico pola-seal. Em todos os casos, será preciso abrir a capa, descolando-a. (Isso é essencial para os alérgicos). Em relação ao selo, se este também está com cheiro de fungo, fica a opção de encerar com parafina, e depois dar acabamento com pano de fibra de náilon ou tecido tipo linho, por exemplo, já que a parafina forma um tampão e além disso, é higrófila: Afasta a umidade de o fungo precisa para desenvolver-se.

LIMPEZA DA AGULHA DOS TOCA-DISCOS

O próprios vinis recém-lavados por este método, imediatamente após o desaparecimento da última gota ou da última região molhada na superfície do LP, são hábeis para limpar totalmente a agulha. Micro quantidades de detergente com água somado ao atrito dos sulcos, se encarregarão da total limpeza da agulha do toca-discos. Não há problema também se o LP for tocado com alguma listra d'água ainda na superfície - uma poucas listras já em desaparecimento (de 5 a 10%), isso lava a agulha. Agulhas ficam sujas, impregnadas de sujeira proveniente de LP's há muito tempo sem lavagem (placas de bactérias e fungos) e isso piora o som, causando médios rachados e agudos abafados. (Vinis lavados por esse método apresentam, logo após a lavagem, som límpido e definido em todas as regiões de freqüência). Outra coisa: Depois da lavagem, há vinis que tem uma sujeira muito "dura" de ser retirada. Aí v. ouve o vinil o lado todo. Se na medida em que v. for ouvindo for percebendo piora do som e sujeira se acumulando na agulha, faça nova lavagem, quantas for necessário até o vinil tocar o lado inteiro sem sujar a agulha. A agulha absolutamente não pode sujar, ou seja, aderir sujeira em sua ponta. Entre ela e o vinil não pode haver nada entre. Resumo: Lave quantas vezes for preciso até a agulha percorrer de ponta a ponta LIMPA! Absolutamente LIMPA! Nem todo vinil está no mesmo estado.

VINIS DEVEM SER LAVADOS PELO MENOS UMA VEZ POR ANO, PARA GARANTIR UMA EXCELENTE QUALIDADE DE SOM

O prazo de um ano é suficiente para que um vinil lavado readquira novamente sujeiras causadas pela presença de microorganismos. Mas isso pode acontecer muito antes: Ambientes muito úmidos, com umidade em torno de 80 a 90%, ou mesmo apenas a partir de 50% ou guardados em armários ou baús, podem receber leve infestação de fungos. Aí lave sempre que sentir cheiro de fungo ou visualizar seus pontos contra a luz (pontos de fungo). Não se preocupe com tantas lavagens: Isso não prejudica o LP. Mas como dissemos, vinis podem adquirir sujeira muito antes: O manuseio com mãos sujas, a própria saliva num ambiente de muita conversa e mesmo ambiente com muita poeira suspensa ou gordura de cozinha. Contudo, vinis lavados por este método aqui descrito, após um ano, em condições ideais (manuseio correto, umidade abaixo de 50%, afastado de capas de LP infestadas de fungo e estocagem em local ventilado), já podem só ser lavados com menos quantidade de detergente. Isso porque placas mais severas de sujeira já foram eliminadas. Nesse caso, a proporção que indico é de 7 ml para 400 ml de água ou 3,5 ml para 200 ml de água. (Uma tampinha para dois copos ou meia tampinha para um copo). Agora não custa repetir o que foi dito no capítulo anterior: Há vinis que tem uma sujeira muito "dura" de ser retirada. Ouça o vinil o lado todo após a limpeza ou simplesmente fique atento sempre que escutar seu vinil. Se na medida em que você for ouvindo, for percebendo uma piora do som (médios fracos e rachados) e sujeira se acumulando na agulha, faça nova lavagem, quantas vezes for necessário até o vinil tocar o lado inteiro sem sujar a agulha. A agulha absolutamente não pode sujar; não pode aderir sujeira em seu diamante; entre ele (diamente) e o vinil não pode haver nada. Nada entre ambos. Só a fusão! (Nada de "lubrificantes" ou silicone líquido!). Resumo: Lave quantas vezes for preciso um vinil até a agulha percorrer de ponta a ponta - LIMPA! Absolutamente LIMPA! Cada vinil retirado da estante é único: Nem todos estão no mesmo estado, tenha certeza. Então examine sempre antes de escutar. Mas também lembre-se das horas de sua agulha, certo? Validade: 500 horas.


2.TAPE OS SELOS DO VINIL, não apertando muito como nas figuras. É plástico duro e pode trincar. As rodelas que tem a função de absorver são de papel-cartão e ultrapassam só um pouco o tamanho do selo. Hoje em dia, já fabrico as rodelas absorventes de EVA, uma espécie de espuma fina.


3. LACRADOS OS SELOS, tudo firme, ponha debaixo da água corrente da torneira. Lave ambos os lados antes de pôr o detergente. Ponha o suficiente em realção à sujeira do vinil.


4. USE ALGODÃO HIDRÓFILO, para espalhar o detergente em movimentos circulares. Limpe, faça vários movimentos em toda a extensão, em ambos os sentidos, horário e anti-horário. O veludo sintético, se você realmente preferi-lo, enrrole-o num pedacinho de isopor. Mas examine o veludo para ver se não há defeitos de fabricação ou particulas sólidas nele aderidas que possam riscar o vinil, afinal esse veludo é vendido ao ar livre, nas lojas e sem proteção. Eu ainda prefiro somente o algodão hidrófilo, retirado diretamente do rolo, que é superseguro, livre de contaminações e outros possíveis problemas, como exaustivamente relatado acima. (O melhor custo benefício é o pacote de 200g de algodão hidrófilo).

Algodão Hidrófilo não deixa fibras ou "fiapos" no LP!

O Algodão Hidrófilo é um produto de qualidade "nível humano" e é feito para não soltar fibras ou "fiapos" justamente nos tecidos humanos abertos, como feridas ou cirurgias. Além do mais, "fiapos" de qualquer algodão são fibras longas e jamais se abrigariam nos sulcos até porque a água da torneira se encarrega de levar tudo que está em cima do sulco na hora do enxágue, assim como a agulha depois... E a prova disso é que depois de uma lavagem, a agulha corre o lado inteirinho e chega limpa no final do LP sem nenhum "fiapo" agarrado nela. Mas se depois de uma lavagem a agulha ainda sujar (e não será com fiapos ou fibras de algodão), é porque o LP estava com sujeira dura, cristalizada no sulco e aí há que se repetir a lavagem e depois de seco, imediatamente, escutar para a agulha remover o que ainda pode ter ficado, pois a sujeira ainda estará mole, úmida. Então, escute até o fim do lado e confira o resultado - agulha limpa. Agora lavagem nenhuma retira estalos de arranhões, ok?

Enxaguando o vinil



5.ENXÁGUE MUITO BEM com água corrente da torneira, passe o dedo depois do enxágüe até não sentir mais sinal de detergente: Sinal de que não há mais detergente, ocorre quando seu dedo "trava" e não desliza mais sobre a superfície do LP! Ponha, pegando normalmente com a sua mão (Pois ela está limpa pela ação do detergente e da água) em um escorredor de pratos de plástico ou em pinos na parede inclinados (longe dos olhos em altura) para não cairem os vinis, intercalados estes, com pedaços de isopor. A água deve escorrer toda. O uso de pinos só recomendo a quem tem bastante habilidade. O furo na parede ou no alisar da porta dever ter a profundidade necessária e deve ter uma boa inclinação para cima (Uns 25° a 30). O método mais seguro mesmo para a secagem que eu recomendo é o escorredor de pratos de plástico. Um ventilador no ambiente ajuda, não focado diretamente para os vinis.
Nada de calor, secador de cabelo, jamais use isso! Nem nunca seque o vinil diretamente ou indiretamente ao sol. Ponha sempre capa plástica interna nova - a capa velha vai p'ro lixo. Afinal você tomaria um banho e usaria a mesma roupa suada? Só os ponha p'ra tocar quando estiverem totalmente secos, por causa da fusão a quente da agulha-sulco que se dá no momento da trilhagem (na escuta no toca-discos, há uma momentânea fusão!), que, com a água, será impossível. Essa fusão é necessária para a qualidade da reprodução do som do vinil.

MÁQUINA DE LAVAR LP - O QUE ACHO.

Conheço; mas não aprovo.

Defeitos na "limpeza" desta máquina:
1. Não tem água corrente sobre o vinil, que é importantíssimo. No meu método existe o que chamo de "Efeito Físico" de retirada da sujeira para fora do vinil com água, após a passagem do algodão com a solução.
2. Essa máquina espalha um líquido que é retirado de maneira incompleta, via aspiração.
3. Aquela escovação (Que não é com algodão) é prejudicial aos delicados sulcos.
4. Não limpa bem a parte lisa junto ao selo, aquela, onde não há gravação.
5. Fica ainda sujeira no disco, agarrada com aquele líquido que não seca bem e deixa uma película extremamente prejudicial na hora de tocar o LP, pois o policloreto de vinila, que é o material do disco, o PVC; tem que estar livre de água e qualquer líquido remanescente e esse líquido da forma como é retirado via sucção, deixa ainda o LP com ele, fica uma fina camada ainda. Não pode; pois isso impede o contato puro agulha+vinil, fisicamente, considerado uma fusão momentânea necessária ao perfeito contato da agulha com o sulco de vinil. Com qualquer líquido, a agulha comporta-se como um "cinzel" (Espécie de estilete) e em função do deslizamento ajudado por esse "lubrificante", a agulha cortará literalmente as cristas de alta freqüência das ondulações do disco de vinil. Essas cristas são as que produzem o som que é reproduzido pelo tweeter.

Enfim, não é uma lavagem. É uma limpeza, e ruim. Além disso, nada supera a lavagem artesanal, o toque das mãos, o exame com a ponta dos dedos com o vinil ainda molhado para saber se todo detergente saiu de cima do vinil. Depois, é só deixar escorrer até secar. Nenhum método automático é usado em restaurações e limpeza de materiais delicados. Pode conferir com restauradores.

Obs.: Vinis tem que ser mesmo lavados com água. E detergente, pois só eles tem o poder de remoção universal de partículas (Efeito tensoativo ou surfactante). Junte-se a isto a água, que além de ser o maior solvente do mundo - É o solvente universal - Ainda tem o poder físico de "empurrar" da superfície para fora do disco toda a sujeira que foi amolecida pela água mais o detergente direto para o ralo da pia.

A Modern Sound (Copacabana, Rua Barata Ribeiro), uma loja que vendia vinis aqui no Rio de Janeiro, lavava vinis com detergente e água. Muitas rádios também faziam o mesmo. Esse método é o mais simples e mais perfeito; mais eficiente.

Há varios utilizadores do meu método que tem mostrado-se satisfeitos e comprovado a qualidade sonora após a limpeza.

TAPA-SELOS DO VINIL

Os plásticos que uso como tapa-selos podem ser encontrados em supermercados e lojas do ramo.


ADEQUAÇÃO DO LP PARA O TIPO DE AGULHA - LP's Mono devem ser tocados somente com agulhas Mono! As Agulhas Estéreo são pequenas demais para tocarem em LP's Mono e ficam "frouxas" no sulco Mono. As Agulhas Estéreo tem 16 micras de tamanho enquanto que as Mono tem 25 micras. E não pára por aí: As suspensões do cantilever de ambas agulhas e a arquitetura eletro-magnética da cápsula são diferentes.




COMO COLOCAR AS CAPAS PLÁSTICAS NA CAPA DO DISCO DE VINIL


Você tem que permitir a entrada e saída do ar de dentro da capa do vinil. Isso evita fungo. O fungo gosta do ar parado (lançamento de esporos) e as bactérias, também. Evita que se alastrem. Não impede, mas os evita em maior proporção. A ventilação para o disco de vinil é imprescindível, essencial. Inclusive para abaixar a temperatura interna no disco de vinil. Veja a figura acima.



VINIS EMPENADOS: ESTÃO PERDIDOS?

Não. Mande fazer duas placas de mármore ou granito, polidas, no tamanho de 40 cm x 40 cm, com 2 cm de espessura ou medida aproximada que houver na marmoraria. Limpe muito bem as superfícies, deixando-as absolutamente secas. Pode usar água ou álcool, mas ela tem que estar absolutamete seca, afinal vai conviver com a superfície do vinil por longo tempo. Pegue a primeira placa com a superfície brilhante para cima. Ponha-a num local dentro de casa, longe da movimentação geral e de incidência solar. Placa com superfície brilhante para cima, ponha o vinil empenado. E ponha a outra placa de granito ou mármore, face polida em contato com o vinil. Deixe esse vinil "dormir" entre essas placas de 1 a 2 meses. Não mexa. Dependendo do resultado você pode aumentar o tempo para 3 meses ou mais. Isso vai depender do estado do vinil. E porque placas polidas e absolutamente limpas? Para não ferir os sulcos do vinil, está claro? Certamente depois dessa operação, dessa "internação" do seu precioso vinil nas placas, o mesmo voltará ficar plano. Depois disso, lave-o, pois microorganismos certamente visitarão os sulcos.
Jamais use dois vidros de meio centímetro de espessura e 15 minutos de sol como já vi preconizado. Para tentar desempenar um vinil, use a técnica que aqui preconizo, pois advém de aulas de física simples e livro de física do 2° grau: Elementar: são duas técnicas diferentes: A técnica das placas de granito à sombra, o desempeno se dá pela "força de coesão molecular", pela ação das 2 placas que "forçam" as moléculas a rearrumarem-se com tempo, reação lenta e segura, rearrumação por igual.

No caso da imprópria técnica do vidro ao sol, o que você terá será rearrumação molecular por força de coesão precipitada pelo calor, o que é perigoso, já que o calor um péssimo rearrumador igualitário; é mais um desorganizador molecular por arrumação desigual visto que o calor não incide por igual em toda a substância a sofrer o desempeno, pois o vidro não irá tocar microscopicamente a extensão do vinil por igual, e, nas partes onde o toque for efetivo haverá maior aplicação de calor e a dilatação por calor, que deveria ser evitada, irá ocorrer e de maneira desigual, dilatando "focos" do vinil (Certos pontos onde o toque será maior) e não sua extensão por igual, provocando dilatações isoladas desses pontos (do vinil), assim, dilatando os sulcos - o que deveria não acontecer jamais, podendo inclusive alterar a forma das cristas dos seus registros, pois o brusco calor gerará uma dilatação aleatória e não uniformemente radial. E ainda advertindo que haverá pontos onde não haverá contato, só radiação de calor, o que confirma a desigualdade e o perigo deste “método”. É como se comparássemos a dilatação linear: Nela, a dilatação dá-se por igual. No vinil, com o uso de placas de granito ou mármore, não há dilatação, pois calor não é usado e só o calor dilata: O fenômeno físico que ocorre neste método (Placas de granito) é a rearrumação molecular por COESÃO VETORIAL DE FORÇA APLICADA UNIFORME, de modo constante, bem uniforme como já dito e radialmente também bem uniforme, o que jamais acontecerá com o calor e duas placas de vidro de meio centímetro em 15 minutos ao sol como no erroneamente preconizado “método” , pois o calor, repito, nunca incide por igual em superfície nenhuma, a não ser que a incidência desse calor solar fosse direta, sem intermediários.
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Os sulcos dos discos mono só tem registros dos dois lados, enquanto os sulcos de discos estéreo tem, além destes, mais um, no fundo do vale do sulco, portanto, 3 registros, proporcionando movimentos horizontais e verticais na agulha. Portanto, "cada macaco no seu galho", reproduza cada disco com sua agulha correta para o bom desempenho. Agulhas mono e suas cápsulas, assim como qualquer agulha que você precise, encomende na http://www.needledoctor.com/ via correios. Você terá em casa agulhas de fabricação atual, século 21, do ano em curso. Nos Estados Unidos o mercado é forte e o consumo é grande, fazendo com que agulhas e cápsulas acompanhem o desenvolvimento da tecnologia nesse setor.



Não use estas coisas, em absoluto, para lavar vinis:

Laudo Técnico da minha assessoria química, composta de dois doutores em química, com larga experiência, sobre os diversos itens, substâncias líquidas usadas por muitos colecionadores de vinis e que não devem ser usados, jamais em lavagem de vinis.


Itens e substâncias, produtos, que são usados por leigos para lavar vinis e que evidentemente podem causar danos. O resultado foi o seguinte:

1. Sabão de côco: Deixa resíduos de gordura, já que são feitos disso. A gordura está apenas quimicamente tratada, mas não deixa de ser gordura. Sendo assim, atrai bactérias e fungos, impedindo a fusão agulha+PVC no momento da leitura e gerando prejuízo à fidelidade do som. Lavar LP com sabão de côco é absolutamente errado, pois vale lembrar que todo sabão, não só o de côco, é feito de gordura saturada e essa gordura, mesmo com o enxágüe, não sairá toda do LP, por que a água não tem poder desengordurante como o detergente tem. Sendo assim, restando gordura (Ela é invisível a seus olhos), a mesma será alimento de bactérias e fungos, sujando mais tarde o LP, eis que, presentes no sulco, obviamente atrapalharão a reprodução do som.

2. Álcoois, qualquer um que seja: Ressecam o PVC, destruindo as sutilezas da freqüências mais altas.

3. Fluídos, qualquer um - o mencionado aqui foi anti-estática: criam um filme impedindo a fusão agulha+PVC no momento da leitura.

4. Pinho Sol: Contém formaldeído, que é um Formol, extremamente agressivo ou contém Quaternário de Amônio, agressivíssimo também ao PVC, destruindo as sutilezas das cristas de alta freqüência, além de não limparem gordura e outros resíduos, posto que são apenas bactericidas.

5. Esponjas: Podem vir com partes sólidas imperceptíveis que produzirão micro arranhões nos sulcos e nas "lands", entre eles.

6. Varal: Prender o LP com prendedor de roupa para secagem? Arranha evidentemente! Se ao ar livre, o calor do sol pode empenar o LP. O correto é secar na sombra, protegido do ar livre.

7. Disco molhado tocando para limpar: o efeito escorrega causado pela água faz com que a agulha vire um "cinzel e corte ou desbaste as cristas das altas freqüências e finalmente as outras em caso de insistência.

8. Escova de dentes: O mesmo que já foi dito para a esponja, com o agravante de plástico das cerdas ser mais duro e agregar cristais, que arranham.

9. Esponja mágica: o mesmo que já foi dito para a esponja comum com o agravante de não se saber qual é o produto químico usado, que pode ser agressivo ao Policloreto de Vinila (PVC).

10. Massa de polir automóveis: o pior já citado: contém abrasivos fortes, feitos para desgastar mesmo. Eliminarão, em primeiro, os registros juntamente com o atrito da agulha; depois os sulcos do LP.

11. Cêra de polimento de de carro: Deixará resíduos e um filme impedindo a fusão agulha+PVC no momento da leitura, o que prejudica o som e destrói as cristas de alta freqüência.

12. Shampoo: Contém Lauril Éter Sulfato de Sódio. Se for um shampoo barato, resseca o LP. Se o shampoo é caro, contém sobre-engordurantes, mantenedores de espuma e filmógenos, que aderem ao cabelo e funcionam como película envolvendo-o para evitar a saponificação. E se é película, vai prejudicar a fusão agulha+cristas dos sulcos, fator essencial e previsto em engenharia de áudio para a produção correta do som, além do "efeito escorrega", (Efeito cinzel) que é destrutivo das altas e baixas freqüências contidas no sulco, como já descrito acima.

13. Não lave selos e nem ponha álcool neles! No máximo passe um pano seco. Fungo vive à custa de água! Álcool deixa água residual. Já ouvi usuários de vinil dizerem que fungos podem ser retirados com álcool. Não faça isto! Fungo sobrevive justamente à custa de água, que é existente em álcoois que não sejam isopropílicos. Mas nem este, nem outro álcool! Nem álcool nenhum, pois a tinta do selo pode sensibilizar-se com o álcool. Se o cheiro do fungo incomoda, se você é alérgico, só há um jeito: Usar uma substância não-hidrófila, uma substância que rejeite a água, e esta substância é a parafina. Já usei parafina para afastar fungo reincidente. Parafinei um selo que tinha um odor muito forte e insistente de fungo branco. Acabou com o problema pelo simples fato da parafina fazer uma espécie de tampão anti-água: Ela penetra no papel e fica lá impedindo a entrada de umidade ou mesmo água. É um impermeabilizante perfeito anti-fungo, embora retire aquela aparência natural do papel do selo. O resultado não é ruim, o selo continua visível, só que ligeiramente mais escuro, o que é natural pela presença da parafina. Parafina, para quem não sabe, é o material empregado numa vela. A aplicação deve ser feita simplesmente passando uma vela como quem colore algo. Não recomendo derreter a parafina, jamais! Isso pode empenar o vinil!

14.SILICONE - Tem película também. Vai prejudicar a fusão agulha+sulco (Cristas dos sulcos), fator essencial e previsto em engenharia de áudio para a produção correta do som, princípio da invenção "Toca-disco e LP, além do "efeito escorrega" que gera o efeito "bridging" (Incorreta leitura das ondulações dos sulcos, que é a passagem da agulha de uma cabeça da ondulação para a outra, o que se chama tecnicamente "efeito cinzel", que é destrói as altas e baixas freqüências contidas no sulco.

Porque não usar jamais silicone: Resposta a vários e-mails sobre se se pode usar silicone líquido em limpeza de LP (Vinil)

Olha, isso que você pergunta está escrito no blog. Mas mesmo assim respondo: Em pesquisa junto à engenheiros de áudio posso afirmar que em cima do sulco do LP não pode haver película nenhuma. Jamais! E silicone deixa película, assim como o shampoo deixa também. A agulha quando toca o sulco, ela está numa temperatura que permite uma fusão (Uma semi-fusão, pois não há derretimento do PVC do LP) entre o sulco e a agulha proporcionando um contato mais aproximado do ponto de vista molecular. É como se quase "grudasse" no sulco no momento em que passa pela crista de som, do registro ou ondulação. Isso é fato em engenharia de áudio.

Se você passa silicone ou qualquer outro componente que não saia depois com água, você impede esse fenômeno físico que FAZ parte da invenção Toca-Discos versus LP e vai suprimir muito som, além do pior: Vai destruir o sulco a cada escuta, como um cinzel, uma espátula cortante. Se quiser confirmar isso, entre na Áudio List e pergunte ao Eduardo Silva (O dono) que ele te indicará um dos maiores estudiosos sobre vinil que também, assim como eu, fala isso: Há supressão de freqüências e retaliação, corte, destruição dos sulcos principalmente nas altas freqüências, pois o "cinzel" (Cinzel é o mesmo que estilete) (O cinzel aqui falado é a agulha sobre a água [LP molhado], silicone ou shampoo ou qualquer outro produto que forme película) - Vai, pelo efeito "bridging", (Efeito ponte - A agulha não percorre direito as ondas do sulco), passar direto de uma "cabeça de onda" para a outra e aí é que está o estrago. Além do que, esta película, pode, com o tempo reagir com o PVC do LP, prejudicando-o.

A sensação de limpeza sem a presença dos "chiados" é uma armadilha: Seu LP está gradativamente sendo destruído. Você pode inclusive consultar um engenheiro de áudio ou técnico de corte - Aqui no Rio; tente falar com João Augusto da Polysom - Prensadora de vinis - dono da Deckdisc, e, quem sabe, ele te coloque em contato direto com o técnico ou engenheiro de corte de LP da fábrica dele.

LIMPEZA DE VINIS EXTREMAMENTE SUJOS, AQUELES QUE ESTÃO GUARDADOS HÁ MAIS DE 20 ANOS - MINHA EXPERIÊNCIA COM A RECUPERAÇÃO DE 200 VINIS.


Em uma conversa com uma leitora, lhe falei: "Olha, eu já comprei uns 200 discos assim, no estado que estão os seus. Eles estavam uns 20 anos ou mais parados; a dona deles havia falecido muito nova, 40 anos; tinha verdadeiras raridades como "Ne Me Quitte Pas", original da época, de Jacques Brel, ele bem novo ainda, na foto do LP".

Os discos estavam todos empoeirados, com uma poeira marrom bem densa, as capas, tanto as plásticas como as de papel estavam extremamente sujas; os vinis com as capas, ora despedaçando-se; ora grudando os pedaços no próprio disco de vinil... Uns tinham um fungo preto ou marrom por dentro das capas... uma operação de antropólogo foi necessária... Mas eu fiz, com muito amor e os discos estão "novinhos em folha" aqui, na minha coleção. Só estavam sujos; pois a dona tinha uma mão de fada e eles não tinham arranhões; era algo da capa para o toca-discos e do toca-discos para a capa...
 
Eu procedi assim com a limpeza:

1. Separei os vinis por lotes de 20 em 20, dentro de sacolas plásticas, dessas de sapataria, de roupas e lacrei cada lote com fita de embalagem. Fiz isso pois sabia que não iria limpar tudo de uma vez só. Então iria cuidando de lote em lote de 20. Guardei os lotes em local seguro e pronto. Longe do sol e de qualquer fonte de calor.


2. Primeiro passo para a limpeza: Atacar as capas... (Antes, compre uma máscara dessas de cirurgia, numa farmácia, para não aspirar fungos e pó sujo). Sim, eu tirei todos os vinis e novamente os isolei das capas. Dentro de nova sacola plástica - mas qualquer plástico serve, desde que um pouco grosso.


3. Peguei um copo desses de requeijão e coloquei a medida que uso para lavar LP's: Uma tampinha de coca-cola cheia de detergente Ypê (Meu preferido) num copo cheio de água comum, de torneira. E um maço de algodão medicinal - Eu geralmente compro o pacote de 200g. Diluída bem a solução, mergulhei o algodão e tirando, o espremi: A partir daí comecei a limpar as capas, primeiro as plastificadas. À medida que ia passando o algodão ia ficando super sujo, eu o levava para a torneira da pia de rosto, deixava ele branquinho de novo, imergia na solução e ia repetindo o processo até ele ficar branco, sinal de que não restava mais sujeira na capa dos vinis. Quanto às capas de papelão, sem platificação, eu fiz a mesmíssima coisa, só com uma importante diferença: Espremia o algodão ao máximo para ele ficar apenas úmido, muito pouco, pois todo cuidado seria pouco para não arrancar a tinta das capas não-plastificadas: Dava passadas rápidas de um jeito que percebia que não ficava molhada a capa, mas o algodão úmido da solução carreava a sujeira. E o processo vai se seguindo, mas por no máximo 03 vezes - Pois a cada passada a capa absorve água, mesmo que mínima e o algodão ia ficando limpo e a capa também.


4. Limpas por fora as capas, com um daqueles palitões de churrasquinho de queijo de leite-de-cabra que se vende nas praias - Esse palito é encontrado em lojas de plásticos, de isopor, etc e tal, eu colocava na ponta um chumaço de algodão amarrado e ia limpando as capas por dentro e retirando aquele fungo preto horroroso, batendo as capas para cair os farelos de plástico, uma lixeira sempre do lado, pá de lixo, pincel de pintor tipo bem largo para servir de vassourinha, etc. e fui limpando todas as capas, agora por dentro. Finalizado isso, algumas capas destroçadas nas pontas eu restaurei com papel cartão de cor preta, adquirível em qualquer boa papelaria. Um pouquinho de jeito, cola branca, criatividade; tempos de colégio e pronto; tudo restauradinho, capas recoladas - As que estavam soltas e outras enxertadas com papel cartão; aquilo que a traça levou.


5. Capas Ok! Está na hora de colocar os plásticos externos novinhos nelas: Eu havia adquirido pela semprevinil (No blog de limpeza tem o site onde você faz o pedido) vários lotes de plásticos protetores, tanto os internos, como os externos, os mais grossos. Aí, coloquei todas as capas limpas e restauradas nos plásticos e os as caps de vinis estavam lindas, novinhas de novo e com as cores bem vivas. Sucesso total na operação!


6. Bom, todos os lotes de capas limpos e recuperados - Inclusive os posteres dos artistas, tudo limpo, encartes; deu um trabalhão, mas agora é para sempre, nunca mais sujarão. Agora é a vez dos vinis.


7. É a parte mais fácil. No blog limpeza de vinis, meu, tem o passo a passo: Tampados os selos com o kit-tapa-selo - Lá estão as fotos - A mesmíssima solução já mencionada acima para a limpeza das capas é a usada. Algodão imerso, vinil debaixo da torneira, vai-se girando em círculos a passagem pelo algodão com a solução; vai se repetindo, não muito diferente de como se lava um prato. Tira-se a espuma, repete-se, eu vou até umas 3 vezes no máximo, dependendo do grau de imundície em cima do vinil. Bom, vinis lavadinhos, dedo passando no vinil e travando, mostrando que não há mais detergente em cima e vou colocando os vinis no pino para escorrer, separando sempre com um isopor ou dois, conforme a figura no blog. Quem não tem pino ou não se sente segura para usá-lo ou na sua casa não há lugar para fazer furo (Eu furei a moldura da minha porta de cozinha), pode usar um escorredor de pratos de plástico. (Cuidado para antes tirar tudo o que é de pontiagudo de cima da pia, para não ter acidentes arranhando os vinis).


8. Vinis secos, pode usar um ventilador no mínimo só para criar uma leve corrente de ar para retirar a evaporação, facilitando a secagem, não precisa apontar o ventilador exatamente para os vinis, pode ser ventilação indireta e assim é que eles secam em menos de 1 hora. Alguns pingos restantes podem ser absorvidos com lenço ou papel toalha, com toques só para absorver. E pronto: Pode colocá-los agora nas novinhas capas internas que você comprou. Quem mora no Rio, tem a SIMAB, cujo endereço também tem no blog.


Como você viu, a parte mais trabalhosa são as capas. Lavar os vinis é simples e fácil, só uma questão de repetição até a limpeza total. Espero que tenha entendido tudo direitinho e estou aqui à disposição para qualquer dúvida. E parabéns pelas raridades!


Abraços, Joaquim.
P.S.: Não conheço empresa que lave e limpe capas de vinis. Todos meus amigos eles mesmo foram limpando aos poucos.


AO MICROSCÓPIO:
Se deseja visualizar sulcos de LP's ao microscópio, entre neste site:


Porque não molhar o selo.


1. O alimento dos fungos é a água. Mesmo que ela venha misturada a outros elementos. Assim, não se pode aplicar água sob o pretexto de eliminar fungos porque você estará fazendo justamente o contrário: Os estará alimentando.

2. O selo ou qualquer papel ou papelão componente de um vinil, sempre estará sujeito ao nascimento de fungos: O alimento está no ar, flutuando, restos de pele e outras partículas orgânicas, basta que se some isso a uma umidade elevada do ar e o processo do nascimento e crescimento do fungo estará completo.

3. A única forma de isolar o selo de ataque de fungos seria impermeabilizá-lo com parafina. Mas isso destrói a autenticidade do selo e para colecionadores, é uma agressão, um vilipêndio á originalidade do vinil, além do que, escurece o selo. (Experiência já feita, parafina aplicada a frio).

4. Se um selo está contaminado de fungo, é porque todo o papelão interno do LP também já o está. Solução para isto: Descole a capa cuidadosamente e a plastifique com contact por dentro. E no selo, aplique um elemento não higrófilo: Talco. E mantenha esse LP em local ventilado. Nada mais a fazer.

5. Ao molhar o selo você está gradativamente desgastando o papel e esmaecendo as tintas. Em pouco tempo, só lhe restará um papel branco como matriz. Não faça isso. Limpe apenas com algodão seco e se preferir, use um pouco de talco no algodão depois da primeira limpeza.

LIMPEZA DAS CAPAS DOS DISCOS DE VINIL

Quanto a limpar capas com algodão úmido de água com detergente diluído bem fraco (2ml/200ml de água), algodão bem apertado sem água, só úmido, essa prática eu faço. E explico porque não dá problema: Plastificada ou não uma capa, ela está exposta mais à ventilação do que o selo, certo? E mais exposta do que a sua parte interna.

E não há nenhuma diferença entre sulco e fungo quanto à preferência de lançamento de suas hifas (Raiz do fungo): Basta que o local tenha os dois alimentos do fungo: Matéria orgânica ou inorgânica (Atacam o policarbonato e o alumínio dos CD's) e o mínimo de água existente.

FUNGO EM CD: Foi encontrado um fungo que "come" o policarbonato do CD: O da espécie Geothrichum. Vide meu blog "Limpeza de CD".

LAVANDO DISCOS DE VINIL ACOMPANHADO DE MINHA ASSESSORIA QUÍMICA: COMO ELE ANALISOU A LAVAGEM
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Fui à casa do meu amigo e assessor químico. Levei um vinil sujo, recém adquirido em um sebo. Um vinil de carreira da Sade, de 1988.O vinil estava em estado ótimo em termos de conservação. Apenas sujo, empoeirado. O vinil teve o selo lacrado com o tapa-rótulo, a formulação obedecida, de 7ml de detergente transparente Ypê, para 200 ml de água; e começou a ser lavado por mim, o lado A, sendo o outro lado lavado pelo químico.Finalizada a lavagem, o químico constatou a retirada total do detergente passando seus dedos e sentindo o efeito adstringente, que é aquela sensação de “travamento” ao passar os dedos na superfície molhada do vinil. A conclusão que ele tirou após a secagem é que o método é perfeito, que a limpeza é muito boa. Mais que isso, só ao microscópio para ver se ficou algo no sulco. Ele fez as seguintes observações depois de ter lido o rótulo do detergente Ypê e acrescentado que o rótulo é o mesmo para todos os detergentes da marca, razão pela qual a palavra “corante” existe no detergente transparente. Mas afirmou que ele não possui corante, embora já fora acrescentando que esse tipo de corante não é absorvido pelo PVC do vinil até porque o próprio frasco do detergente é feito de PVC e não se cora, nem com anos de armazenagem. Desta forma, concluiu ele que é possível perfeitamente usar qualquer detergente dessa marca com corante sem problema algum. Confirmou que a glicerina, apesar de não ser um lubrificante, produz um efeito semelhante de “escorrega”, pelo deslizamento molecular de seu componente formando uma película. E eu acrescentei que isto não pode acontecer no contato agulha-sulco. Concluiu também que os componentes passivos e o único componente ativo do detergente, absolutamente não são agressivos para o PVC do LP. Concluiu também que não há tempo de reação além da reação de limpeza, que a água corrente retira tudo imediatamente. Ou seja, os componentes do detergente precisariam de horas para ocorrer uma possível reação que ele não garante que aconteceria. Enalteceu especialmente como principal fator de limpeza o efeito da água corrente, que inclusive carrega além de todos os componentes, inclusive o corante, já que há uma preocupação desnecessária com esse elemento.
Concluiu que desconhece qualquer equação química que demonstre reação imediata dos referidos componentes com PVC do LP e quem disser que há, que demonstre.Voltou a condenar o uso de álcool isopropílico alertando que este é um poderoso ressecante; no que eu completei que desse modo ele poderia ressecar o plastificante e destruir as cristas de alta freqüência do vinil, sua parte mais sensível. Sobre o Triton 100-X ressaltou que é um detergente típico para limpeza de lentes de contato e que seu frasco é pequeno, o que poderia tornar o processo de limpeza caro demais, mas que pode ser usado sem problemas; mas jamais dispensando-se a água corrente e nunca adicionando em hipótese alguma algum tipo de álcool, inclusive o isopropílico. Ressaltou, após pergunta minha, que não há, no detergente em questão e na maioria deles, nenhum elemento que sirva de “comida” para bactérias, sendo portanto essa preocupação absurda. Diferentemente já ocorre com o fungo, quando ele disse que este requer apenas umidade e que cresce em quase todos os materiais, mas sendo desnecessária a preocupação com ele, pois a própria lavagem retiraria a sua parte externa, permanecendo apenas a raiz, a hifa. Mas que para isso, seria necessário que o vinil estivesse extremamente contaminado, mas ainda assim o detergente continuaria retirando a parte externa do fungo, sem eliminar a possibilidade dele nascer de novo; a não ser que o vinil ficasse exposto à sombra e ao vento. Concluiu que fungos não são problema para o LP a menos que eles fiquem contaminando-o por várias décadas. Finalizou brilhantemente, quando eu perguntei-lhe em quanto tempo um vinil estaria completamente degradado, no que ele prontamente respondeu que, na ausência de luz solar, seriam necessários uns 500 anos para a degradação total dele.

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GUARDANDO SEUS VINIS

A temperatura ideal para o armazenamento do vinil é de até 35ºC, segundo William Carvalho, da fábrica de prensagem de vinis PolySomBrasil em Belfor Roxo. Hoje esta mesma fábrica chama-se apenas POLYSOM e é de propriedade de João Augusto, também proprietário do estúdio Deckdisc. Bem, Temperaturas mais baixas são boas para o armazenamento, desde que não excessivas. Os vinis devem ser guardados em lotes de 10 a 12, cada um em seu próprio escaninho. Evite o armazenamento na diagonal. Gordura dos dedos e poeira devem ser evitados. Evite a formação de umidade, guardando-os em estantes com portas (mesmo que vazadas) e baús com tampa, pois o abafamento preserva a umidade e protege bactérias e fungos, que poderiam ser eliminados com a simples força da ventilação e luz. Vinis contaminados com bactérias e fungos prejudicam não só o vinil com o nascimento de sujeira proveniente das colônias de bactérias e fungos em seus sulcos, como a sua saúde. Guarde-os em prateleiras ao ar livre, com boa ventilação e em em locais que permitam entrada de luz geração de e calor. Quartos que não pegam luz e calor devem ser evitados. Jamais use naftalina: Ela imprega seu cheiro nos vinis. Em relação aos estalinhos de energia estática mesmo naqueles discos "zero km", use pistolas anti-estáticas: No mercado há boas pistolas anti-estáticas. Em relação à limpeza, mais propriamente à lavagem dos vinis, eu prefiro lavá-los manualmente como explico no meu blog Limpeza de Vinis - http://limpezadevinis.blogspot.com/ - embora exista máquinas de lavar discos e excelentes líquidos anti-estáticos, mas lembrando que todo esse material é importado. Líquidos de limpeza de vinis, na minha opinião, não limpam nada; só espalham sujeira, isso sim! É o mesmo que tomar banho de perfume ao invés de ir p'ro chuveiro...

USE SEMPRE PLÁSTICOS PARA GUARDAR SEUS VINIS NAS CAPAS. COMPRE SEMPRE PLÁSTICOS NOVOS - Neste blog, no início, recomendo Plásticos da SempreVinil.

Evite guardar o vinil fora de sua capa plástica, pois as fibras de papelão da capa podem se depositar nos sulcos e também os eventuais microorganismos que vivem no papelão interno, que sabemos, nos vinis antigos, é cru. (Isso para vinis fabricados com capas de baixa qualidade - As capas fabricadas atualmente são de papel cartão de alta qualidade e esse risco já está descartado). Nesses vinis antigos, o ideal seria plastificá-los: Abra a capa com cuidado e use papel contact transparente ou cristal. Plastificar a capa (Quando ela não é plastificada, óbvio) é uma excelente idéia, pois descarta de vez a formação de eventuais fungos ou simplesmente mau cheiro por ácaros. A Luz solar direta deve ser evitada e em excesso, deteriora o vinil, como qualquer plástico (Raios UVA e UVB). Sempre na sombra. Calor acima de 35° também contribui para endurecer e estragar qualquer plástico, não só o PVC do Vinil LP. Evite. Nunca deixe vinis em carro fechado, pois mesmo que o tempo esteja frio e fechado, o sol pode surgir de repente e transformar o carro numa estufa empenando seus vinis. Evite secar vinis com secador elétrico após a lavagem, pois o vinil é sensível demais à temperatura, especialmente quando essa temperatura é aplicada de maneira não uniforme em toda a sua superfície e não há controle correto da exposição - certo é deixá-lo escorrer e secar naturalmente, de preferência usando um varal a atravessar seus furos (separe-os com pedacinhos de isopor). Antes da lavagem, proteja os selos com protetores próprios (importados). Na internet há projetos gratuitos de construção de limpadores a vácuo (vacuum cleaner). Vinis muito empenados podem ser desempenados com 2 placas de mármore ou granito: Ponha uma embaixo, o vinil no meio e a outra em cima. Devem ser placas polidas! Deixe por um tempo elevado, de mais ou menos uns 3 meses (Você pode tirar com 1 mês e verificar se desempenou). Eu deixaria no mínimo 2 meses. São experiências de audiófilos de vinil. Eu, graças, nunca tive um vinil empenado por sol ou calor de qualquer fonte.

O SULCO DO DISCO DE VINIL AO MICROSCÓPIO:
Se deseja visualizar sulcos de Vinis ao microscópio, entre neste site:



Sugestões para correção de trilhagem discos de vinil:
http://www.arranhoesnolp.blogspot.com

PRODUTOS PREJUDICIAIS AOS VINIS

Dúvidas nas comunidades do orkut sobre a lavagem de vinis.

Realmente a melhor opção é a que indico, senão eu não usaria nos meus vinis. Nem passa pela minha cabeça que eu esteja errando porque eu "piraria" simplesmente em saber que eu mesmo estaria destruindo os registros dos sulcos dos meus vinis.
Espuma de sabão em pó: Não use jamais. Nunca. Esse efeito brilhante é uma película que fica na superfície do vinil no final de sua lavagem, que além de continuar agredindo o PVC, reagindo com ele e destruindo as sutilezas das cristas de alta freqüência, é impeditivo da obrigatória fusão diamante+PVC que se faz no momento da captura da vibração.
Depois de muita discussão com colecionadores, chegou-se a 03 métodos: O meu, o do Triton-X100 e o da mistura álcool isopropílico, mais água destilada e gotinhas de detergente, desse que eu uso. (Ypê - fórmula honesta). (reparem no cheiro brabo dos outros). Como álcool o meu consultor químico mandou evitar por ser ressecante das sutilezas do sulco; como Triton-X é caro e eu desconheço a fórmula - não sei se retira gordura, que tanto a bactéria e o fungo gostam, eu fico com a minha formulação.
João, repare o seguinte: Quando v. põe a mão em um sabão em pó (qualquer um deles), quando v. vai para a torneira lavar as mãos, elas ficam deslizando entre elas que nem um quiabo... e v. deixa a água escorrer, esfrega, esfrega e elas continuam escorregadias... isso é o efeito da película! Ela existe - ou para azular as roupas, ou para dar efeito amaciante ou diminuir o efeito áspero que toda e qualquer lavagem de tecido produz ao secar.
Gabriel, jamais use esponjas em delicados sulcos. Esponjas são materiais quase iguais em dureza ao PVC. E a regra física é que materiais de dureza igual podem se auto arranhar, com a fricção. Vidro arranha vidro. Plástico arranha plástico. Ferro arranha ferro. Além do mais, qualquer esponja tem alvéolos, que são cavidades, e elas como tempo agregarão poeira, micro detritos e a própria sujeira do vinil, que não sairá toda delas. Além do mais, esponjas são casas de bactérias e ácaros, pois retém umidade do ar. V. além de poder arranhar seus vinis, num lixamento quase microscópico, estaria espalhando um zoológico neles a cada lavagem. Feito isso, vinil seco, quardado, o que ficasse no sulco se reproduzirá (fungo, bactéria) impedindo a boa capatação da agulha, além de sujá-la e permitir a contaminação de outros vinis. USE ALGODÃO HIDROFILO, que é esterelizado e descarte-o após a lavagem. Nova lavagem, novo algodão. Compre o rolo de 250g. em farmácia. E e não solta fiapos, absolutamente. Nada disso.
Cola branca. Desses métodos que vi postados aqui, o único que não é agressivo, mas é perigosíssimo, é o da cola branca. Eu já o conhecia. Mas não o uso, porque além de não ser prático (Teria que esperar 24 horas no mínimo para a cola secar), o perigo está na arrancada das cristas de alta freqüência e no resíduo de cola que não pode ficar retido nos sulcos, senão, adeus agulha e cantilever. Prejuízo grave para as importadas.

Perguntas feitas por e-mail

"Joaquim, usei com sucesso esse método que me indicou. Testei primeiro num disco completamente estragado e sem capa que tenho aqui (Ele foi uma longa história, um dia contarei) e não é que o som apareceu limpo e translúcido, mesmo com a agulha do toca-disco em petição de miséria? Nunca havia obtido um resultado tão espetacular em limpeza na audição dos meus discos. Foi muito bom. Entretanto, não usei o algodão como você indicou. Isso porque tenho uma terrível desconfiança quanto aos fiapos que se desprendem dele. O que fiz então? Peguei algumas camisas velhas, furadas e sem utilidade, lisas e brancas e cortei elas em pedaços de panos e usei eles para fazer a limpeza. Como tenho muitos discos, separei em bloco de dez, onde cada dez pedaços de panos referem-se a cada dez discos diários. Ao fim do dia, lavei os panos com água corrente e detergente, sequei e fiz o mesmo procedimento com os discos. A limpeza ficou perfeita, até chiados e ruídos que eram constantes sumiram. Até pulos do disco desapareceram. E, como eu disse, a minha agulha está chumbada.
Devo continuar com o técido de algodão ou devo ir para o algodão hidrófilo mesmo?"
Resposta: Melhor é o uso do algodão.
Sobre o tal veludo sintético: Tem um audiófilo antigo no HT Forum que utiliza. Mas eu não uso, pelo mesmo argumento da esponja: Não há garantia de que não possa haver um defeito de fabricação e o veludo vir com um agregado duro e imperceptível. Além do mais, ele retém a umidade do ar, então, bactérias, que adoram umidade e comer ácaros que esvoaçam simplesmente no ar ou onde v. puser o veludo. A menos que v. descarte o veludo. Mas aí, haja gasto de veludo, e veludo é caro. E mais: Veludo não acumula bem o detergente para a limpeza. Mesmo que usado em parceria com o algodão hidrófilo, ainda teria o problema da possibilidade de um agregado duro arranhar o vinil, vindo neste veludo por defeito de fábrica. O Algodão é imbatível em segurança, já que é feito para o corpo humano e não pode absolutamente ter impurezas.
Obrigado. Mas só use Algodão Hidrófilo. Quando v. pegou suas camisas, v. perguntou quem estava morando nelas? (rs rs...) Deu ordem de despejo? Pois é. Panos agregam bichinhos, ácaros, fungos (difíceis de se retirar, só com naftalina por causa das hifas) e partículas de poeira e cristais diversos. V. então além de arranhar o vinil (como se estivesse usando polidor Brasso), você ainda o contamina, pois a lavagem pode ainda deixar coisa lá. Já o algodão hidrófilo, é PURO! Ele é produzido num ambiente esterelizado e ensacado nessas condições! É 100% de garantia de não ter partícula sólida para arranhar o vinil e nem nenhum microorganismo para contaminá-lo.

Todos meus blogs estão disponibilizados com explicações resumidas sobre seu conteúdo neste endereço, que funciona como índice: http://joaquimcutrimblogs.blogspot.com/

E boas lavagens, boas audições a todos!

10/08/2013.


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